terça-feira, 26 de maio de 2009

ESPELHO



Paro em frente

Assim posso ver

Lá está novamente

A imagem a me ler


Tão parecido e tão igual

Do outro lado do objeto

Será uma prisão

Ou mesmo um portal


Pisco e ele pisca

Pulo e ele pula

Abaixo e ele abaixa

Grito e ele grita


Mas o grito dele é diferente

Na minha vez o som raiou

Já na dele o som pifou

Foi mudo, imitação barata


Volto a perguntar

Do outro lado quem está

Algo a mim similar

Não entendo, preciso decifrar


Então uma hora percebo

Pois o sol lá bateu

A imagem encandeou

No reflexo que era meu


Como fui tão tolo

Em antes não perceber

Que esse objeto mágico tem um nome

É o espelho do meu eu


Fábio Fena 04/02/2009

2 comentários:

  1. Esse é o que podemos chamar de poema "reflexivo" hehehehehe ... Mas será mesmo que o espelho "guarda" o nosso reflexo?! :O

    Beijão

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  2. olá, Fábio, muito bom esse poetar, gostei também como vc apresenta seu perfil
    Parabéns! firmeza e consciência!

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